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Um Novo Horizonte na Recuperação Pós-AVC: Equilíbrio e Marcha Restaurados com Estratégias Inovadoras

  • Foto do escritor: Fernanda Botta
    Fernanda Botta
  • 18 de set.
  • 3 min de leitura

 

Olá, comunidade da Próximos Passos.

Você sabia que 85% das pessoas que sofreram um AVC apresentam prejuízos de equilíbrio? Pois é, essa é uma realidade alarmante e promover uma recuperação focada na melhora dessas dificuldades é essencial e um objetivo primordial no meu acompanhamento especializado em AVC.


Hoje vou compartilhar com vocês sobre os resultados de uma recente revisão de literatura que demonstrou o poder de duas estratégias de intervenção para potencializar a melhora do equilíbrio e da marcha de pessoas com sequelas de AVC.


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O estudo em questão, publicado agora em 2025 no Journal of the American Heart Association, demonstrou o poder da reabilitação vestibular e do treino em dupla tarefa como estratégias para maximizar os ganhos de equilíbrio e marcha de pessoas com sequelas de AVC.


Mas afinal, o que é reabilitação vestibular e treino em dupla tarefa? Leia até o final para desvendar comigo esse mistério.


·       Reabilitação vestibular:


A reabilitação vestibular é um programa de tratamento baseado em exercícios, desenvolvido para ajudar o cérebro a se adaptar e compensar problemas no sistema vestibular. O objetivo principal é melhorar o equilíbrio, a estabilidade do olhar e reduzir a tontura, o que por sua vez melhora a participação nas atividades do dia a dia.


Os mecanismos de recuperação da reabilitação vestibular são a adaptação vestibular e a substituição vestibular:


  • Adaptação Vestibular: Consiste em reajustar o reflexo vestíbulo-ocular, responsável por estabilizar o olhar durante o movimento da cabeça. Para isso, são realizados exercícios que envolvem movimentos da cabeça e dos olhos enquanto se fixa um alvo visual.

  • Substituição Vestibular: O cérebro aprende a usar outras informações sensoriais, como a visão e as sensações do corpo (somatossensoriais), para substituir a função vestibular perdida. Isso ajuda o paciente a manter o equilíbrio mesmo quando a informação vestibular não é confiável ou suficiente.


Os exercícios incluem movimentos da cabeça e dos olhos, atividades com diferentes posturas e bases de apoio (como ficar em pé em uma superfície instável), além de tarefas que reproduzem gradualmente os movimentos que causam tontura, a fim de dessensibilizar o paciente.


Essas são estratégias que rotineiramente são utilizadas apenas para pacientes com queixas de tontura e o que essa revisão sistemática publicada em 2025 demonstrou é que se queremos otimizar ainda mais os ganhos de equilíbrio de pessoas com AVC, essa também é uma abordagem benéfica que pode ser usada mesmo para pessoas que não tenham queixas de tontura, trazendo resultados melhores do que quando comparado ao treino de equilíbrio puro.


·       Treino em dupla tarefa:


O treino em dupla tarefa, ou dual-task training, é uma abordagem de reabilitação que envolve a realização de duas tarefas simultâneas para melhorar a marcha e o equilíbrio. Essa abordagem já é muito utilizada no tratamento de pessoas com doença de Parkinson, por exemplo.


A ideia é replicar as situações do dia a dia, onde geralmente fazemos mais de uma coisa ao mesmo tempo. Por exemplo, andar e conversar, caminhar e carregar um objeto, ou andar e resolver um problema cognitivo simples (por exemplo, uma conta de adição ou subtração).


Caminhar e conversar, uma habilidade automática e aparentemente fácil mas que requer muitos recursos cognitivos do nosso cérebro.
Caminhar e conversar, uma habilidade automática e aparentemente fácil mas que requer muitos recursos cognitivos do nosso cérebro.

Essa prática ajuda a treinar o cérebro a gerenciar e alocar a atenção entre as tarefas, e o que este estudo em questão demonstrou é que quando realizamos esse treino em pessoas com AVC, há uma melhora nos parâmetros espaciais (aumento no comprimento do passo e da passada) e temporais (aumento na velocidade de marcha e cadência) da marcha.


Isso é, essa revisão demonstrou que essas duas abordagens de exercícios que usualmente não eram utilizados na reabilitação de pessoas com AVC podem e devem ser utilizadas, pois elas contribuem para a melhora do equilíbrio reduzindo o risco de quedas de pessoas que convivem com as sequelas do AVC.


Se você é um sobrevivente do AVC ou um familiar em busca de informações sobre como otimizar a recuperação, este estudo reforça a importância de buscar profissionais especializados que estejam atualizados com as mais recentes evidências científicas. Aqui na Próximos Passos já estamos utilizando essas duas estratégias na reabilitação de pessoas com AVC, com o intuito de promover para elas mais autonomia, independência, qualidade de vida e segurança na hora de realizar as tarefas do dia a dia.


Lembre-se: o caminho para a recuperação é contínuo e cada passo, por menor que seja, nos aproxima de uma vida mais segura e com mais independência. Continuem firmes em sua jornada e, se precisar de ajuda, conte sempre com a equipe da Próximos Passos.


Entre em contato com a Próximos Passos Fisioterapia pelo WhatsApp (11) 94423-8751.

 

Com carinho,

Fernanda Botta

Fisioterapeuta

CREFITO-3/192115-F

 

 

 

 

 

 
 
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