Quem tem Parkinson cai muito?
- Fernanda Botta
- 21 de ago. de 2023
- 3 min de leitura
Os estudos demonstram que entre 45 a 68% das pessoas com Parkinson cairão ao longo de 1 ano e dentre elas, cerca de 65% cairão mais de uma vez. Quer saber como se prevenir das quedas? Leia até o final! A doença de Parkinson é caracterizada no início da doença por lentidão dos movimentos, redução na amplitude dos movimentos, tremor e/ou rigidez, mas você sabia que com o passar dos anos ela também pode prejudicar o equilíbrio?
Pois é, caracterizamos a doença de Parkinson em 5 estágios e a partir do estágio 3, que chamamos de estágio intermediário da doença, a pessoa com doença de Parkinson passa a conviver com a instabilidade postural, conhecida popularmente como "falta de equilíbrio" que pode sim resultar em quedas e que significam um marco da progressão da doença.
Mas não se engane, nem só idosos com doença de Parkinson caem. Mesmo pessoas mais jovens (a doença tem sido diagnosticada cada vez mais cedo) também podem cair, a depender dos prejuízos de equilíbrio que apresentam, afinal a doença de Parkinson não evolui de forma igual e há pessoas que levam muitos anos para chegar no estágio 3 da doença enquanto há outras que, infelizmente, em poucos anos, já alcançam o estágio moderado da doença e vivem com insegurança e medo de cair, com alterações de equilíbrio e sem confiar como antes nele.
Além da alteração de equilíbrio, há outros fatores de risco que aumentam o risco da pessoa com doença de Parkinson sofrer uma queda como o freezing de marcha (aquela sensação de congelamento, em que a pessoa sente como se os pés estivesses grudados no chão), a redução na velocidade para caminhar, a rigidez no tronco e os prejuízos cognitivos (sim, pessoas com doença de Parkinson que apresentam prejuízos relacionados a atenção são mais propensos a sofrerem quedas do que aqueles que não tem essa dificuldade).

Para prevenir as quedas, várias ações precisam ser tomadas como:
*eliminar os fatores de risco ambientais ao retirar os tapetes, afastar os móveis para evitar ambientes muito estreitos e evitar andar segurando objetos que requerem sua atenção como um copo cheio de água;
*ser avaliado por fisioterapeuta para identificar se não é hora de iniciar o uso da bengala ou do andador: sim, muitas vezes os prejuízos de equilíbrio são tão grandes, que andar sem um dispositivo auxiliar de marcha se torna inviável e é o fisioterapeuta o profissional mais adequado para prescrevê-lo;
*identificar as características da queda como horário, local, o que estava fazendo/tentando fazer na hora que caiu, para evitar que isso ocorra novamente;
*fazer fisioterapia especializada: sim, a fisioterapia é importante desde o diagnóstico da doença de Parkinson, mas se você por algum motivo ainda não a começou, após uma queda é hora de iniciá-la. Toda pessoa no estágio 3 da doença de Parkinson com histórico de queda precisa fazer fisioterapia.
A queda demonstra que a doença de Parkinson progrediu e passou a afetar o seu equilíbrio. Se você não faz nenhum acompanhamento especializado para otimizar as respostas posturais que ainda não foram afetadas pela doença, você está deixando a doença tomar conta do seu equilíbrio.

É como se fosse um cabo de guerra: ao lado esquerdo da imagem, a doença de Parkinson está levando todo o seu equilíbrio, ao lado direito da imagem você não está fazendo nenhum movimento para impedir isso. É isso que ocorre quando você já tem alteração de equilíbrio e não faz fisioterapia.
Mas calma, nós conseguiremos inverter essa história. Aqui na Próximos Passos, meu consultório localizado na Vila Mariana, em São Paulo, faremos fisioterapia neurológica para Parkinson e eu vou lhe ajudar a mudar essa realidade e você irá assumir o controle da doença de Parkinson.

Eu já estou pronta para ganhar esse cabo de guerra junto de você. Vamos?
Ficou alguma dúvida ou quer saber mais sobre nosso fisioterapia neurológica para Parkinson? Entre em contato no (11) 94423-8751.
Com carinho, Fernanda Botta Fisioterapeuta
CREFITO-3/192115-F